Nos últimos anos, os gestores e analistas de TI têm assistido uma transformação profunda no papel da tecnologia da informação nas empresas. Antes muito mais operacional, a área passou a ser importante no alcance dos objetivos estratégicos das organizações.
Entretanto, a pressão dos CEOs pela inovação permanente, em geral, vem acompanhada de cobrança por reduções de custo na área de TI. Isso obriga os profissionais do setor a terem sempre em mãos relatórios e gráficos que comprovem o aumento da produtividade e a viabilidade financeira dos investimentos na área.
Mas em um segmento em que parte dos benefícios trazidos às organizações são intangíveis, como convencer os gestores de que os impactos da tecnologia são profundos e insubstituíveis com relação ao ganho de vantagem competitiva, ampliação dos níveis de eficiência operacional, confiabilidade, segurança, etc.? Vamos responder essa questão explicando como aplicar e calcular o ROI em TI. Acompanhe com a gente:
Como trazer o ROI para suas reuniões de desempenho?
Não tem jeito. CEOs e demais gestores da área estratégica são fissurados por números, dados estatísticos, planilhas evolutivas de desempenho e de redução de custos, gráficos e mais gráficos.
No entanto, quem é da área sabe que a TI traz ao negócio um oceano de ganhos intangíveis, como otimização da produtividade (por maior velocidade no acesso aos dados), redução de custos (por menor quantidade de falhas em sistemas operacionais), maior celeridade na tomada de decisões (que pode fazer a empresa ganhar mais espaço no mercado, por “pensar” antes da concorrência), enfim, são muitos indicadores que evidenciam o poder da tecnologia no universo corporativo. Tudo bem, mas ainda precisamos converter tudo isso em números.
Embora o ROI (Retorno sobre Investimento) seja um indicador importado das Ciências Contábeis, é possível, com alguma adaptação, utilizá-lo para mostrar a viabilidade de projetos de TI na empresa. Porém, antes de pensar nos caminhos para se chegar ao cálculo do ROI em TI, é preciso ter em mente as respostas para questionamentos preliminares sobre área, tal como:
- Qual o volume de falhas com a infraestrutura de TI ocorridos no mês?
- Qual o tempo médio parado por conta destas falhas no mês?
Com estes dados podemos calcular a quantidade de horas globais da empresa perdidas mensalmente em falhas da infraestrutura de TI onde os usuários não puderam realizar seu trabalho e se tornaram horas pagas e não convertida em trabalho, por falha na infraestrutura de TI.
Mensurando ROI em TI
Pronto, a partir destes números você já pode ter indicativos para a elaboração do ROI em TI. Vamos a uma situação prática:
Calcule o custo dos funcionário da empresa afetado por problemas com a infraestrutura de TI, somando salário, custos trabalhistas e tributários. Em seguida, divide-se esses custos pela quantidade de dias do mês, depois, pela sua carga horária, a fim de chegar ao valor-hora de cada colaborador, individualmente.
Somam-se, por fim, todos os valores-hora pagos aos funcionários que dependem, direta ou indiretamente dos recursos de TI na empresa. Vamos supor que a empresa tenha 20 funcionários afetados pela TI e na média custem um valor-hora de R$ 50,00. Então, você tem um valor total/hora de R$ 1.000,00. Ou seja, a cada hora, a empresa paga R$ 1.000,00 para manter os funcionários em plena produtividade.
Pronto, o primeiro passo já foi dado! Agora, você pode calcular a quantidade de horas, em média, que os sistemas obsoletos “travam” a empresa, impedindo os funcionários, de diversas áreas, de exercerem suas funções. Vamos supor que você tenha um total de 5 horas por mês, 5 longas horas mensais em que ninguém trabalha, por problemas na infraestrutra de TI.
Multiplicando os dois dados acima, você chega então a R$ 5.000,00! Esse é o valor que a empresa perde mensalmente por falta de investimento em TI. Não esqueça de repetir os cálculos e mostrar (comparar) o ganho de produtividade que as mudanças como compra de novos equipamentos e sistemas, monitoramento e suporte técnico adequado pode trazer à empresa.
O mesmo pode ser feito na comparação entre os custos de licença com softwares e os custos com o uso da virtualização, adoção de tecnologias como SaaS (Software como Serviço), etc. A questão, especialmente nesse caso, é que algumas variáveis extras devem ser inseridas nas contas, como os problemas iniciais com a implantação dos novos sistemas, curva de aprendizado e custos com suporte.
Como pode ser visto, é possível mostrar, através do cálculo do ROI em TI, o potencial de redução de custos, aumento da eficiência operacional que uma empresa pode alcançar, desde que, é claro, escolha uma empresa que procure a redução dos incidentes e aumente a disponibilidade da infraestrutura de TI.
E você, já sabe como apresentar o retorno sobre investimento na área de TI para a sua empresa crescer? Compartilhe com a gente suas dúvidas e continue acompanhando o blog para ficar por dentro de dicas e novidades sobre o assunto!