O crescimento da importância do endomarketing nas empresas tem várias razões. A chegada da geração Y ao mercado de trabalho nos últimos anos é uma delas. Também as mudanças nas culturas organizacionais, os novos modelos de negócios e trabalho fazem com que mais e mais companhias recorram às regras do marketing para melhor se relacionarem e engajar seus colaboradores.
É sobre isso que vamos conversar neste artigo. Você verá aqui como essa estratégia é importante e como ela deve ser aplicada nos negócios modernos. Refletiremos sobre como as gerações que estão assumindo cargos de decisão precisam ser contempladas neste tipo de metodologia.
Continue lendo para entender!
O endomarketing nas empresas: o que é e quais os benefícios
Para começar, vamos retomar rapidamente o conceito de endomarketing. Ele é, basicamente, a aplicação de um apanhado de estratégias e ações do marketing institucional voltado para o público interno. Incluindo colaboradores, acionistas, associados, revendedores etc.
Empresas que aplicam essa tática são aquelas que já perceberam a importância da comunidade interna para os seus negócios.
Apesar de diversos especialistas no assunto rejeitarem o conceito de “cliente interno”, ele define bem a visão de que o primeiro público de uma companhia é formado por seus colaboradores. Afinal, as pessoas que fazem parte de uma organização são as primeiras que têm contato com a estratégia de mercado, os produtos e os serviços. Logo, é preciso pensar em como fazer marketing e comunicação para conquistá-los e torná-los engajados com o negócio.
Entre os benefícios de se fazer endomarketing, os principais são:
- Melhorias no ambiente laboral (pessoas trabalhando mais envolvidas e felizes);
- Aumento da produtividade (mais engajamento);
- Retenção e desenvolvimento de talentos (pessoas mais preparadas e satisfeitas, sem vontade de trocar de emprego);
- Ganhos na imagem de empregador (reputação como empregadora);
- Comunicação mais fluida (sem ruídos, com menos erros de entendimento e absorção das mensagens);
- Melhorias na competitividade do negócio (pessoas mais produtivas, inovadoras e felizes com seu ambiente de trabalho se esforçando mais);
- Alinhamento entre os objetivos dos profissionais e os da organização (sentido entre os resultados esperados e as formas de realizar projetos e atividades do dia a dia);
- Melhorias no clima organizacional (relações entre profissionais e equipes etc.);
- Melhorias na aceitação e internalização da cultura organizacional (missão, visão, valores, métodos, entre outros).
Bônus: Como potencializar a comunicação interna com a TV Corporativa?
O endomarketing e a geração Y: o que muda com as mudanças sociais e corporativas em curso
Um dos pontos críticos enfrentados pelas corporações a partir da última década é a chegada ao mercado de trabalho da chamada geração Y (os nascidos em meados dos 1980), que estão provocando mudanças na forma como os modelos de negócio e as relações de trabalho acontecem.
Nos últimos cinco anos, os jovens da geração Y chegaram também aos cargos de liderança, visto que já estão com idade média de 30 anos, têm formação acadêmica mais densa e consolidada do que as gerações anteriores e vivem o auge da chamada Transformação Digital. Também a forma como essas pessoas se relacionam com as inovações da Tecnologia da Informação (TI) faz com que as instituições precisem se adaptar a novos comportamentos.
Como definem especialistas como Sidnei Oliveira, a geração Y é, em suma, mais bem informada e mais acostumada à globalização (de negócios, de informação e de movimentação social). Com grande número de ferramentas a seu dispor, esses indivíduos buscam novas alternativas de trabalho. Como por exemplo trabalho remoto, home office etc. Além de ter mais pressa de ascensão profissional. São pessoas pouco acostumadas a lidar com perdas, devido à forma como as famílias determinaram sua criação (proteção, consumismo, facilidades).
Vejamos algumas considerações acerca disso:
Retenção de talentos é um desafio para o endomarketing atual
Logo, reter talentos é cada vez mais difícil. O grande desafio é que o jovem da geração Y precisa ver sentido em seu trabalho e não se sente na obrigação de se manter por muitos anos em um único emprego.
Reter esse trabalhador exige a união das áreas de RH e Comunicação/Marketing com as lideranças para a criação de ações em curto, médio e longo prazos. Entender o perfil comportamental, pensar em formas de comunicar, estabelecer um diálogo aberto e com feedbacks constantes, oferecer benefícios concretos… Tudo isso é necessário para extrair o melhor da geração Y (evitar conflitos geracionais, engajar, motivar).
Satisfação profissional e pessoal precisa ser trabalhada no endomarketing
Ter uma estratégia de endomarketing que contemple ações de satisfação das pessoas também é fundamental. Como a separação entre o pessoal e o profissional é uma linha cada vez mais tênue, cabe às empresas trabalhar o sentido de realização desses jovens para que eles vejam no trabalho também uma forma de completar suas vidas pessoais.
Entram então em jogo as ações de comunicação e marketing que fazem com que os profissionais percebam benefícios (tangíveis e intangíveis), flexibilização das jornadas de trabalho, gamificação (uso de dinâmicas de jogos no dia a dia laboral), eventos corporativos, entre outras.
Empreendedorismo interno cresce como tática de endomarketing
Também na busca para gerar a sensação de pertencimento, mais e mais companhias têm incluído em suas táticas de endomarketing ações de intraempreendedorismo, ou empreendedorismo interno. Ou seja, elas estão proporcionando maneiras de seus colaboradores criarem novos produtos e serviços.
Esse movimento é explicado pela quantidade de startups que surgem a cada dia, com jovens talentos criando inovações disruptivas e surpreendendo o mercado com suas ideias. Portanto, para reter esses talentos, o empreendedorismo interno tem sido estimulado.
Tecnologia e comunicação instantânea como impulsionadores dos resultados em endomarketing
Por fim, o endomarketing nas empresas atualmente tem se utilizado de ferramentas tecnológicas para satisfazer aos anseios dos profissionais por comunicação instantânea, encurtamento de distâncias e, sobretudo, possibilidades de inovar e tirar projetos do papel.
Entra nesse movimento o uso de TVs corporativas, plataformas de intranet e portais corporativos, aplicativos de mensagens instantâneas, redes sociais internas, videoconferência, entre outros avanços tecnológicos. Quanto mais tecnologia for empregada, mais bem conectada fica a instituição com o comportamento das pessoas na atualidade.
O que você acha da forma como se deve fazer endomarketing nas empresas do século XXI? No seu negócio, essa é uma preocupação estratégica? Deixe um comentário!