Os avanços tecnológicos têm transformado radicalmente a forma como as indústrias operam, abrindo um leque de possibilidades e otimizando processos produtivos. Um exemplo marcante dessa transformação é o Machine Learning, uma tecnologia emergente que está revolucionando o setor industrial.
Embora possa parecer um conceito recente, as ideias fundamentais do Machine Learning começaram a se desenvolver na década de 1960. Com a popularização da internet e a ascensão das tecnologias inteligentes, o Machine Learning começou a ganhar um papel central na automação e na análise de dados industriais.
Neste artigo, vamos explorar os conceitos básicos de Machine Learning e discutir como essa tecnologia pode ser aplicada para melhorar os processos industriais. Nosso objetivo é fornecer uma introdução clara e didática para que você possa entender e começar a aplicar esses conceitos em sua organização.
O que é e como funciona o Machine Learning?
Machine Learning é uma subárea da Inteligência Artificial (IA) que permite que máquinas analisem dados e aprendam com eles, sem a necessidade de uma programação explícita para cada tarefa. Primordialmente, o Machine Learning é um conjunto de algoritmos que se aprimoram à medida que processam grandes volumes de dados, visando resolver problemas específicos e melhorar a precisão dos modelos analíticos ao longo do tempo.
Ele é capaz de operar por meio de algoritmos que se ajustam com base nos dados analisados, tornando-se mais eficazes ao longo do tempo. Esses algoritmos são capazes de:
- Desenvolver modelos analíticos rapidamente;
- Aprender com os dados;
- Implementar melhorias contínuas;
- Criar novos modelos baseados em padrões descobertos.
Na indústria, o Machine Learning pode aumentar a produtividade, identificar gargalos e falhas, e descobrir novas oportunidades de negócios por meio da análise preditiva.
Tipos de Machine Learning
Existem vários tipos de Machine Learning, cada um com suas próprias características e aplicações, conheça abaixo um pouco mais sobre cada um deles:
1. Aprendizado supervisionado
No aprendizado supervisionado, os algoritmos são treinados com um conjunto de dados rotulados, o que significa que cada exemplo no conjunto de dados é anotado com a resposta correta. O sistema aprende a mapear entradas para saídas, facilitando a identificação de padrões e a previsão de resultados futuros com base em dados históricos.Por exemplo: a classificação de e-mails como spam ou não-spam.
2. Aprendizado não supervisionado
Aqui, os algoritmos recebem dados não rotulados e são encarregados de encontrar estruturas ou padrões escondidos nesses dados. Esse tipo de aprendizado é útil para identificar agrupamentos e associações em grandes volumes de dados. Por exemplo, um grupo de clientes com base em seus comportamentos de compra.
3. Aprendizado semi-supervisionado
Neste caso, o processo combina uma pequena quantidade de dados rotulados com uma grande quantidade de dados não rotulados. Isso pode melhorar a eficiência do treinamento do modelo, especialmente quando a rotulagem de dados é cara ou demorada. Podemos citar a análise de sentimentos em redes sociais, por exemplo, onde nem todos os posts são previamente classificados.
4. Aprendizado por reforço
Neste tipo de aprendizado, os algoritmos aprendem por meio da interação com um ambiente, recebendo recompensas ou penalidades com base nas ações realizadas. É amplamente utilizado em sistemas que exigem a tomada de decisões de forma contínua e precisam de otimização. É utilizado, por exemplo, no controle de robôs e otimização de jogos.
5. Deep learning
Deep Learning é uma subcategoria de Machine Learning que utiliza redes neurais artificiais para processar grandes volumes de dados e reconhecer padrões complexos. É particularmente eficaz para tarefas como reconhecimento de imagem e processamento de linguagem natural. Muito usado para o reconhecimento facial em sistemas de segurança.
Diferença entre Machine Learning e Inteligência Artificial
Embora frequentemente usados de forma intercambiável, é importante destacar que o Machine Learning e a Inteligência Artificial não são a mesma coisa. A Inteligência Artificial é um campo muito mais amplo que visa criar sistemas capazes de simular a inteligência humana, por outro lado, o Machine Learning é uma técnica específica usada para desenvolver essa inteligência por meio do aprendizado a partir de dados.
Neste sentido, as IA’s buscam resolver problemas complexos, enquanto o Machine Learning se concentra em identificar padrões e aprender com os dados. Ambos os conceitos estão interligados, mas operam em diferentes níveis de complexidade e aplicação.
Aplicações do Machine Learning na indústria
O Machine Learning oferece várias vantagens para o setor industrial, incluindo:
- Automatização de tarefas: Reduz a necessidade de intervenção manual, aumentando a eficiência operacional.
- Monitoramento em tempo real: Analisa dados continuamente, permitindo a identificação de problemas e a implementação de soluções imediatas.
- Customização da produção: Ajusta os processos de fabricação com base em dados específicos, atendendo melhor às demandas do mercado.
- Identificação de gargalos: Detecta e corrige falhas que impactam a eficiência e a qualidade do produto final.
- Análise preditiva: Utiliza modelos preditivos para antecipar falhas e otimizar a manutenção preventiva.
Essas aplicações ajudam a melhorar a produtividade, reduzir custos e aumentar a rentabilidade das operações industriais.
O futuro com o Machine Learning
Num cenário competitivo, investir em tecnologias como Machine Learning é essencial para as indústrias que desejam inovar e prosperar. Essa tecnologia não só otimiza processos, como também, oferece novas oportunidades para a análise de dados e a tomada de decisões estratégicas.
Divulgada em janeiro de 2024, uma nova pesquisa da Accenture concluiu que o mundo está no meio de uma enorme mudança tecnológica, à medida que a IA e outras tecnologias disruptivas se tornam “Humanas por Design” – mais humanas e intuitivas para o uso das pessoas.
A investigação sugere ainda que, à medida que as tecnologias centradas no ser humano exercem capacidades ainda maiores, elas se tornam mais fáceis de interagir e ficam ainda mais integradas a todos os aspectos das nossas vidas, ou seja, estamos caminhando em direção a um mundo onde a tecnologia se tornará mais onipresente, ao mesmo tempo que, ela será também mais invisível.
A Technology Vision 2024 da Accenture: “Human by Design: How AI Unleashes the Next Level of Human Potential” explora como, após anos de inovação exponencial, a tecnologia – especialmente a IA generativa – está se tornando mais humana em sua natureza. Sendo assim, a medida que a tecnologia evolui para ser mais centrada no ser humano, ela é capaz de gerar capacidades substancialmente maiores para que as pessoas ampliem o seu potencial e reinventem os negócios tal como os conhecemos.
De acordo com a pesquisa da Accenture, a IA generativa tem o potencial de impactar 44% de todas as horas de trabalho nas indústrias nos EUA, permitir melhorias de produtividade em 900 tipos diferentes de empregos e criar pelo menos 8 biliões de dólares em valor económico global. Todos esses dados, refletem num panorama bastante positivo, principalmente para quem começou a olhar o futuro com o Machine Learning e Inteligência Artificial.
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