A aderência ao home office durante a pandemia veio acompanhado de muitas mudanças para a área corporativa. Os contratos de trabalho precisaram mudar, questões legais de contratação foram discutidas e a LGPD entrou em vigor, fazendo com que fossem necessárias uma série de adaptações nas empresas.
Esse é um assunto que rende muitas discussões. Segundo uma pesquisa, 81% das pessoas se consideram mais produtivas no home office. Outros dados ainda mostram que a intenção de continuar nesse modelo foi apontada por 78% dos respondentes.
Com o intuito de abordar esse tema, Sílvio Etges e Aloisio Arbegaus, que são, respectivamente, Gerente de Produto e Diretor Comercial da Teclógica, participaram de um podcast na Universidade Regional de Blumenau (Furb).
No encontro, eles compartilharam como foi essa experiência e as adaptações feitas na empresa. O convite veio de Marcel Hugo, coordenador do curso de Ciência da Computação da instituição. Continue lendo e saiba mais!
O início do home office na Teclógica
Para entender como começou o modelo de home office na Teclógica, é preciso uma pequena introdução. A empresa de TI nasceu em 1994 e, além da área de serviços, desenvolveu uma plataforma de mobilidade chamada Mobuss (Mobile Business Solution) e embarcou nessa plataforma algumas soluções.
“A mais conhecida é o Mobuss Construção, mas também temos o InContract e o Mobuss TV. São plataformas em nuvem que ajudam a fortalecer a Teclógica com mais uma opção de receita, processo e profissionais“, explica Aloisio.
Do ponto de vista técnico, a organização migrou para a nuvem em 2016. Mas o planejamento para imprevistos já existia bem antes. Com isso, quando a pandemia aconteceu, a contingência foi acionada de forma rápida.
“Por conta das enchentes de Blumenau, nossos grandes clientes que estão há muitos anos conosco nos questionavam sobre como manteríamos o trabalho funcionando. Então, já antes dos anos 2000, criamos um plano de contingência para trabalho remoto”, comenta o Diretor.
Sílvio explica que houveram alguns eventos que prepararam os colaboradores para o home office. “Nós tínhamos uma colaboradora remota desde 2015, mas foi um modelo muito diferente. Colocamos uma câmera na sala e uma TV sobre ela, onde a pessoa entrava remotamente através de um link. Assim, podia ver quem estava na sala e vice versa”.
Quais as dificuldades encontradas?
Quando questionado sobre as adversidades, Sílvio explicou sobre um dos maiores desafios, que é a comunicação. Como integrar quem está remoto com quem está na empresa?
“Antes, tínhamos uma informalidade muito maior no acompanhamento das atividades. Se houvesse necessidade, fazíamos uma reunião rápida na sala. Hoje temos um ciclo muito mais estabelecido. É uma forma de organização diferente, a comodidade que tínhamos no presencial teve que ser transportada para um outro modelo”, conta ele.
Aloisio complementa dizendo que o processo de integração e a gestão foram digitalizados. “30% do nosso time está fora de Blumenau, onde é a sede da empresa. Cada gestor criou o seu espaço de conversa, visando ter um período semanal na agenda para conversar com os liderados. É isso que alimenta o engajamento.”
Ele explica que foram contratadas novas plataformas. “A área de Gente & Gestão capitalizou plataformas de engajamento, justamente para ter esse controle remoto. Informações como depoimentos, feedbacks e “como está meu humor hoje?” estão dentro do sistema de comunicação interna. Tudo monitorado pelos gestores.”
Principais adaptações na Teclógica
Para encarar a novidade, várias adaptações precisaram ser feitas na empresa de TI. Continue lendo e saiba quais foram as principais!
Mobilidade e apoio ao time
Algo que facilitou muito a migração para o home office, foi o fato de que boa parte das ferramentas utilizadas na Teclógica já estavam na nuvem. Aos poucos, a área administrativa também substituiu todos os desktops por notebooks, o que auxiliou na questão da mobilidade, permitindo que os colaboradores pudessem trabalhar onde quiserem.
Para apoiar nas mudanças, quando iniciaram o regime de home office devido ao decreto de contenção da COVID-19, a Teclógica buscou mais formas de apoiar os colaboradores na mudança de formato. Isso, segundo os gestores da empresa, foi um fator propulsor para oferecer maior conforto para todos.
Importância de saber ouvir
Após as liberações de restrição, a Teclógica começou a funcionar num modelo de trabalho híbrido não obrigatório, onde os funcionários podem optar por trabalhar em casa ou na empresa em determinados dias.
“Nas três pesquisas que fizemos com as equipes durante a pandemia, o número de adeptos ao home office foi aumentando. Na primeira, 55% queriam ficar nesse modelo, hoje esse número é cerca de 70%. Daí a importância de ouvir o colaborador e entender onde ele se sente melhor trabalhando”, complementa Aloisio.
Nesse meio tempo, a sede da empresa também foi reformada, as mesas com gaveteiro deram lugar a um espaço de coworking. Chegando no local, o uso das mesas é livre e disponibiliza monitor, teclado e mouse para os funcionários.
Hoje, a organização conta com aproximadamente 130 colaboradores no modelo híbrido de trabalho. Gostou de saber mais sobre como foi a implantação do home office na Teclógica? Acompanhe nosso blog para mais conteúdos. E se quiser ouvir o episódio de podcast na íntegra, acesse este link.