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7 erros de gestão que afetam o engajamento de funcionários

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engajamento de funcionários
02/01/2017

Um recente estudo da Sociedade Americana de Gestão de Recursos Humanos (SHRM) lançou luz sobre os atuais níveis de satisfação e engajamento de funcionários nas organizações: apenas 39% dos entrevistados, em diversos países, disseram “muito satisfeitos” com as empresas para as quais trabalham.

Aqui no Brasil, de acordo com o último levantamento feito pela consultoria Catho, apenas 32,9% dos profissionais se disseram satisfeitos e, num recorte ainda menor, 5,1% declararam estar muito felizes no ambiente laboral.

Quais são os motivos que levam a esses percentuais tão baixos? Que erros de gestão as empresas estão cometendo para que seus colaboradores não se sintam engajados e motivados? Partimos dessas perguntas para a construção deste artigo. Continue a leitura!

1. Não ter um bom clima organizacional diminui o engajamento de funcionários

O relatório da Catho mostra que, para 70% dos profissionais brasileiros, o bom relacionamento no trabalho é fundamental para sua satisfação. E mais: 43,4% das pessoas dizem que a autonomia e a liberdade de decisão são essenciais para se sentirem motivadas a “vestir a camisa” de seus empregadores.

Os dados mostram que as empresas precisam se esforçar para gerar e manter um bom clima organizacional. Isso requer otimização do conjunto de valores, atitudes e padrões de comportamento — formais e informais — difundidos pela diretoria e alimentados nas relações do dia a dia operacional.

2. Não mostrar a conexão das atividades diárias com os objetivos organizacionais desmotiva as pessoas

Comentando uma pesquisa realizada pela Gallup, que mostra a relação entre a produtividade com os níveis de engajamento, o cientista Jim Harter relacionou a falta de conexão entre o trabalho e os objetivos empresariais como um importante dificultador do engajamento de funcionários.

Coordenador do estudo, ele declarou à Harvard Business Review que pessoas engajadas são mais atentas e vigilantes em suas atividades. “Elas devem ter clareza de seus papéis, ter o que precisam para cumpri-los e poder ver facilmente a conexão entre o que realizam e o objetivo global do negócio”, enfatizou o cientista.

3. Não envolver os funcionários no planejamento diminui os níveis de percepção estratégica do negócio

Talvez uma das razões que ajudam a desconectar o trabalho das pessoas no dia a dia com as metas das empresas seja a centralização das decisões. Para 34,3% das pessoas que responderam à pesquisa da Catho, participar de decisões estratégicas é muito importante. E mais: 23,9% sentem que ter voz ativa junto aos seus líderes as torna profissionais melhores e mais felizes.

Estes números, entre outras coisas, demonstram o quanto o poder centralizado pode ser um dos erros de gestão que mais dificultam o engajamento de funcionários. Especialmente se olharmos para a Geração Y, que começa a atingir a idade adulta, vemos que é preciso um esforço dos gestores no que diz respeito a democratizar as deliberações corporativas.

Bônus: Como potencializar a comunicação interna com a TV Corporativa?

4. Não ter uma comunicação interna eficiente diminui os níveis de integração e colaboração

Comunicar com clareza, fornecer feedback constante e  permitir intercâmbio de ideias pode fazer com que os profissionais se sintam mais conectados às estratégias e motivados a colaborar. É isso que aponta um estudo realizado em 214 unidades fabris da China ao longo de 2015. Os pesquisadores comprovaram que a comunicação interna bem feita facilita a integração das equipes e melhora o desempenho das pessoas.

Entre os principais erros que as empresas cometem quando o assunto é comunicação com a comunidade interna, estão:

  • Não priorizar a equipe nas notícias importantes (o colaborador tomar conhecimento de decisões importantes por meio da imprensa, por exemplo);
  • Não ter canais de diálogo e colaboração (intranet, portal corporativo, TV Corporativa, publicações internas em geral etc.);
  • Deixar os processos de comunicação a serviço de profissionais que não são especializados no assunto;
  • Falta de coerência entre o que é propagado e o que é feito;
  • Não envolver as lideranças (conflitos e ruídos de comunicação por falta de alinhamento de discurso).

5. Não permitir que as pessoas inovem faz com que elas peçam demissão

Também a inovação é um motivo de engajamento. A falta dela faz com que as pessoas se sintam desmotivadas e até peçam demissão. De acordo com a Catho, 22% dos profissionais que pedem demissão no Brasil consideram que não ter um ambiente inovador é um dos maiores motivadores para a busca de novo emprego.

Num momento de pujança tecnológica, com inovações surgindo a cada momento, as empresas devem fomentar mais o chamado empreendedorismo interno, ou seja, permitir que seus funcionários criem novos produtos, serviços e processos de trabalho. Isso é bom tanto para os resultados dos negócios quanto para a retenção dos melhores talentos.

6. Não investir em conhecimento diminui o desempenho e desmotiva os profissionais

Outro erro de gestão muito comum é o não investimento em qualificação da equipe. Segundo a Catho, desenvolver habilidades e ter mais conhecimento é fundamental para 90,3% dos profissionais brasileiros. Tanto que 31,1% deles dedicam de uma a duas horas todos os dias para se atualizar.

Entre os cursos mais valorizados pelos trabalhadores estão os de idiomas (27,6%), cursos técnicos (12,1%) e pós-graduações (9,9%). Logo, as empresas que oferecem subsídios educacionais como benefício tendem a conseguir melhor engajamento, motivação e lealdade (permanência no emprego) de seus funcionários.

7. Não remunerar adequadamente faz com que os profissionais não sejam leais ao sucesso da empresa

Ainda que a taxa de rotatividade de mão de obra no Brasil tenha caído de 52,5% em 2014 para 42,9% em 2015 (dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados — Caged), as empresas continuam enfrentando dificuldades para manter em seus quadros executivos de alto escalão e vendedores, por exemplo.

Isso vem ao encontro do que descobriu a Catho em seu levantamento: a dificuldade de obter bons salários fez com que 22,6% dos brasileiros partissem em busca de um novo emprego em 2015. Este percentual de trabalhadores disse ter preferido mudar de trabalho a tentar uma negociação salarial.

Portanto, ter cargos e salários bem definidos e remunerar adequadamente é também uma forma de conseguir engajamento de funcionários, mantê-los motivados a dar o seu melhor e continuar fiéis ao sucesso das empresas.

Como você tem trabalhado o engajamento de funcionários? Algum destes erros de gestão são cometidos ainda na sua empresa? Participe do debate deixando seu comentário abaixo!

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